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Parceria garante exposições da FAMS na Construtora Phoenix
O salão de mármore da sede da Construtora Phoenix (R. XV de Novembro, 141, Centro Histórico) é o mais novo espaço para arte e cultura a ser utilizado pela Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams). A parceria será oficialmente inaugurada às 10 horas de quarta-feira, dia 16, quando a Fams abrirá a exposição Automóveis Antigos, promovida em conjunto com o Clube de Automóveis Antigos de Santos e apoio cultural de A Tribuna. Destaque do prédio, o salão recebeu, durante a restauração promovida pela construtora, três mil folhas de ouro e 18 litros de goma-laca, aplicada no revestimento dos detalhes das 24 molduras com brasões que representam as províncias da Itália – o prédio foi construído na década de 1920 para sede do Banco Italiano di Sconto.
A mostra, a ser encerrada no próximo dia 30, conta a história do automobilismo no Brasil e a presença dos veículos no espaço urbano da Cidade, no século passado, em 20 painéis com fotografias, 10 dos quais em preto e branco. Estão expostas imagens de 300 carros, entre eles raridades como os primeiros modelos da Ford , Chevrolet e Hudson, entre outros, nas ruas e na faixa de areia das praias, e servindo de cenário para reuniões familiares e festas como o Carnaval. Há ainda fotos do acervo da Fams, mostrando antigos veículos da frota da Prefeitura, e painéis com carros do Clube dos Automóveis Antigos de Santos (CAAS), fotografados em pontos históricos da Cidade.
PHOENIX – O presidente da Phoenix, Omar Laino, frisa que a exposição da Fams é “muito bem-vinda” na sede da construtora e lembra que o imóvel, de valor histórico, já é alvo de atenção de turistas – esta semana, um grupo de São Paulo visitou o local, acompanhado por guia da Prefeitura. Apesar da cessão de espaço para exposições da Fams, ele diz que o imóvel continua a ser a sede da empresa, não havendo nenhuma mudança da política atual da firma. Laino adianta que o prédio já abrigou eventos, como o lançamento da Revista AT, do jornal A Tribuna, e como locação para filme e novela.
Em estilo florentino, o prédio, com um mil metros quadrados de área, abrigou, ainda na década de 1920, a Real América Cables and Radio (instalação de cabos submarinos para comunicação), que ali funcionou até os anos de 1970. Dois anos mais tarde, foi instalada a Bolsa de Valores e Mercadorias, em atividades até 1982. Já os Correios funcionaram de 1987 a 1989, seguindo-se depois um período de abandono do imóvel. Laino adquiriu o prédio em 1995, mediante licitação promovida pelo Banco do Brasil, e promoveu minuciosa restauração do prédio, realizada em dois anos, serviço coordenado pelos artistas plásticos Luiz Otávio Ribeiro e Gilson de Melo Barros. Os detalhes da arquitetura original foram respeitados nos serviços de restauração dos três andares do prédio, cujo projeto assemelha-se ao palácio da família Médici Riccardi, de Florença (Itália).
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