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Santos celebra 25 anos de reconquista da autonomia
Exposição da FAMS poderá ser conferida até o dia 2 de agosto, diariamente, sempre das 11h às 17h, no Espaço Cultural Frontaria Azulejada, que fica na Rua do Comércio, 93, no Centro Histórico.
No período de ditadura militar, Santos foi considerada área de segurança nacional, assim permanecendo por 15 anos, de 1969 a 1984. Em 1968, porém, os santistas votaram e elegeram uma das chapas do então MDB, formada por Esmeraldo Tarquínio e Oswaldo Justo, para dirigir os destinos da cidade. No entanto, em março de 69, o regime de exceção cassava os direitos políticos e o mandato de deputado estadual de Tarquínio.
Diante daquele fato, o vice eleito, Oswaldo Justo, renunciou ao mandato, em solidariedade ao companheiro. A partir daí, com a decretação de área de interesse de segurança nacional, Santos passou a ser dirigida por prefeitos nomeados pelo governo federal. Mas, lideranças sindicais, políticos, a imprensa e a sociedade em geral promoveram uma verdadeira luta institucional para que os santistas pudessem resgatar o direito de governar seus próprios destinos.
Essa luta obteria êxito em 2 de agosto de 1983, quando o então presidente da República em exercício, Aureliano Chaves, assinou o decreto-lei nº 2050, restabelecendo a eleição em Santos e fixando a restituição da autonomia política quando da posse dos eleitos.
Em eleição única no país, Santos elegeu Oswaldo Justo seu prefeito, em 3 de junho de 1984, tendo como vice Esmeraldo Tarquínio Neto – uma vez que Esmeraldo, o pai, – cassado no período da ditadura, já havia falecido. Às 11h08 de 9 de julho de 1984, o então presidente da Câmara Municipal, vereador Noé de Carvalho, empossou Justo. Naquele exato momento os santistas celebravam a conquista de serem governados pelo representante que escolheram.
MOSTRA
A exposição ‘Autonomia de Santos, 25 anos’ retrata, em 57 painéis em preto e branco, este período da história santista. A mostra, baseada no livro Sombras sobre Santos, dos jornalistas Carlos Mauri Alexandrino e Ricardo Marques da Silva, editado pela Secretaria Municipal de Cultura em 1988, traz reportagens da época. É assim, também, uma homenagem aos profissionais anônimos da imprensa, que registraram por meio de seus trabalhos a luta do povo santista no período de 1964 a 1984.
A exposição poderá ser conferida até o dia 2 de agosto, diariamente, sempre das 11h às 17h. A Casa de Frontaria fica na Rua do Comércio, 93, no Centro Histórico. O evento tem o apoio da Assecob (Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista), da Construsoares Empreiteira de Mão de Obra Ltda. e da Pinhomar Madeiras Ltda. Entrada franca.
__13-07-09__