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FAMS recebe doação de carta de preso político de 1964
Documentos expressam sentimentos de tristeza, de aspiração à justiça e liberdade e momentos de pânico
As cartas foram endereçadas ao amigo Carlos Frigério, que as conservou durante 40 anos, entregando-as depois ao sobrinho-neto de Cabral, Wallace Paiva Martins, 4º promotor de Justiça da Cidadania, da Capital, que reconheceu o valor histórico do material e o repassou à Fams. “Elas expressam sentimentos de tristeza, de aspiração à liberdade e justiça, momentos de pânico, poesia e, sobretudo, de amizade”, comentou, acrescentando que os documentos do tio-avô, morto em 2004, retratam a peculiar situação polícia de Santos e de alguns de seus habitantes. Cabral, preso em 10 de abril de 1964, acusado de pertencer ao Partido Comunista, só foi ouvido após 33 dias de prisão. Cassado, foi absolvido pela Justiça Militar, depois anistiado, reintegrado ao cargo e aposentou-se. Ele trabalhou em vários lugares e durante 26 anos foi gerente do extinto Cinema Iporanga.
As cartas originais poderão ser consultadas, de segunda a sexta das 9 às 17 horas, no Arquivo Permanente (R. Amador Bueno, 61, Centro Histórico). Cópias dos documentos também estão disponibilizadas na Sala de Leitura Catarina de Aguillar (R. Visconde do Branco, 48, Centro Histórico), que funciona de segunda a sexta das 9 às 17h30 e aos sábado das 9 às 13 horas.
__29-11-07__