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Coordenador do AN explica resgate de listas de imigração
O coordenador de documentos escritos do Arquivo Nacional, Mauro Lerner, esteve na quinta-feira, dia 14, na Fundação Arquivo e Memória, para explicar a seus funcionários a mecânica de preparo das listas de imigrantes que chegaram ao Brasil pelo Porto de Santos. Durante encontro no Arquivo Permanente, o representante do órgão federal explicou, por meio de projeção, que o trabalho de digitalização da listagem é bastante complexo, exigindo a participação de gente especializada e custos relativamente altos. Muitos documentos da época estão rasurados, exigindo recuperação para posterior inclusão na lista, enquanto outros foram extraviados. Lerner citou, a título de curiosidade, que aumenta o interesse de descendentes sempre que algum canal de televisão exibe novelas ou séries que focalizem a participação de imigrantes na formação do Brasil.
As listagens que estão sendo organizadas pela equipe do Arquivo Nacional baseiam-se em documentação transferida pela Polícia Federal, a partir de decreto de 1986, que ordenou o recadastramento dos estrangeiros que ingressaram no país. Quanto a Santos, numa primeira etapa estão sendo relacionadas listas de navios (vapores) que chegaram aqui por volta de 1900, época em que começou a se intensificar a imigração para o Brasil. Essa documentação estava sob a custódia da Divisão de Polícia Marítima, Aérea e de Fronteiras, que atuava no cadastramento das famílias que desembarcavam no terminal santista. Muitas das listas trazem imprecisões, pois não raro era citado apenas o nome do chefe da família.
O coordenador de documentos escritos do Arquivo Nacional não sabe precisar o volume de desembarques ocorridos no Porto de Santos, daí a complexidade do trabalho de resgate. Lerner aproveitou a visita para entregar à Fundação Arquivo e Memória mais uma listagem que está sendo preparada para ser divulgada assim que se completar a remessa de todos os dados.